Mário Fonseca - Liderando a Transformação

 

 A Terra gira em torno do Sol em uma órbita ligeiramente elíptica. Esse movimento de Translação origina as estações do ano e faz com que as constelações que vemos à noite sejam diferentes ao longo do ano.

As estações do ano são determinadas pelo ângulo de incidência dos raios do Sol na superfície terrestre. Assim, no verão, os raios de sol atingem a superfície mais perpendicularmente, enquanto no inverno, de modo mais inclinado. Como a Terra é redonda e o eixo da Terra inclinado em relação ao plano de sua órbita, os raios de Sol atingem os hemisférios de forma diferente. Quando é verão no hemisfério norte é inverno no sul e vice-versa.

SolsticioEquinocio

Solstício é quando o Sol está no seu ponto mais alto no céu no Hemisfério Norte ou no Hemisfério Sul. Quando a incidência solar é maior em um dos hemisférios temos o Solstício de Verão e no outro o Solstício de Inverno. No Solstício de Verão temos a maior duração do dia e no Solstício de Inverno a maior duração da noite. Entre os dias 20 e 21 de dezembro temos o Solstício de Verão no Hemisfério Sul e o de Inverno no Hemisfério Norte. Entre os dias 20 e 21 de junho temos o Solstício de Inverno no Hemisfério Sul e de Verão no Hemisfério Norte.

Já no Equinócio nenhum dos hemisférios está inclinado em relação ao Sol e a incidência dos raios solares é a mesma nas latitudes equivalentes dos dois hemisférios. A duração do dia é igual a duração da noite. O Equinócio da Primavera ocorre entre os dias 22 e 23 de setembro no Hemisfério Sul sendo o Equinócio do Outono no Hemísfério Norte nessas datas. O Equinócio de Outono no Hemisfério Sul ocorre entre 20 e 21 de março, sendo Equinócio da Primavera no Hemisfério Norte entre esses dias. 

Solstícios e Equinócios marcam o início da estações.

OrionEscorpiaoComo a Terra gira em torno do Sol o céu que vemos à noite varia dia a dia. Assim, no verão no Hemisfério Sul (inverno no Hemisfério Norte) vemos a constelação de Órion, já a constelação do Escorpião, se encontra no lado oposto Sol e não é visível por conta do Sol que ilumina o céu durante o dia impedindo que enxerguemos as estrelas. Na figura vemos as constelações características das estações. Vemos que no Outono é possível ver a constelação do Leão, mas não é possível vermos a constelação de Pégassus que, por sua vez é visível na Primavera no Hemisfério Sul e no Outono no Hemisfério Norte.

 Como as estrelas mudam conforme a Terra gira em torno do Sol, os antigos as usavam para determinar as estações do ano. Dessa forma era possível saber, por exemplo, a melhor data para o plantio. Também auxiliavam a navegação. Da mesma forma que vemos formas de animais ou objetos quando olhamos nuvens, os antigos identificaram formas em conjuntos de estrelas criando histórias e, com isso facilitando a identificação das estrelas e consequentemente das estações. A estas formas dava-se o nome de constelações. Cada povo determinava quais estrelas compunham uma constelação. A União Astronômica Internacional (IAU), em 1922 catalogou 88 constelações. Em 1928 o céu foi dividido em áreas cada qual contendo além de uma constelação, várias outras estrelas. É como se o céu tivesse sido dividido em estados e as estrelas sendo cidades. Ao todo são 88 constelações, ou áreas. 

 É importante entendermos que constelações não existem. As estrelas de uma determinada constelação estão muito distantes umas das outras. A forma que vemos deve-se única e exclusivamente pela posição da Terra. Se sairmos das redondezas do Sol, o formato que vemos não aparecerá. Outro ponto é que as estrelas (assim como o Sol) movem-se, mas as distâncias são tão inimaginavelmente grandes que durante a existência de uma pessoa as diferenças de posições, com algumas exceções, serão mínimas. Mas, em milhares de anos, a situação muda.

Se conseguissemos enxergar estrelas durante o dia, veríamos que o Sol, seguindo seu caminho pelo céu na curva conhecida como elíptica, passa por 13 constelações. Doze dessas constelações são conhecidas como constelações do Zodíaco. Muitas pessoas acreditam que a posição do Sol no momento de nascimento de uma pessoa determina muitas características dela. Um aspecto interessante é que são doze signos do zodíaco, mas são 13 as constelações pelas quais o Sol passa (há uma décima quarta pela qual o Sol passa de raspão). Como as constelações não possuem os mesmos tamanhos, o tempo em que o Sol passa por elas é bem diverso. Por exemplo, o Sol leva apenas 8 dias para cruzar Escorpião. Já Virgem, ele leva 44 dias. Serpentário, a décima terceira constelação pela qual o Sol passa, toma 18 dias.